A floresta da morte no Japão

| quarta-feira, 27 de outubro de 2010 | |
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A floresta de Aokigahara, aos pés do Monte Fuji, no Japão, ficou conhecida por um fato mórbido.
No século 19, Aokigahara foi um dos lugares onde as famílias mais pobres abandonavam crianças e idosos.
Já no século seguinte, desde anos 50, mais de 500 pessoas entraram na floresta, também conhecida por Mar de Árvores, para cometer suicídio.
Supostamente, tudo teria começado depois que Seicho Matsumoto publicou o romance Kuroi Jukai (O Negro Mar de Árvores), que termina com um dos personagens entrando na floresta para morrer. Desde então, cerca de trinta corpos são encontrados anualmente.
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Nos anos 70, o problema ganhou atenção nacional e o governo japonês passou a organizar buscas anuais na floresta. Em 2002, foram encontrados 78 corpos, superando o ano de 1998, que até então era o ano recorde, com 73 corpos.
Como uma última tentativa de impedir os suicidas, as autoridades espalharam cartazes pela floresta com a seguinte mensagem: “Um momento, por favor. A vida é um dom precioso que seus pais lhe deram. Não guarde seus problemas só para você. Procure ajuda”.
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Diferente do ocidente, no Japão o suicídio não é considerado crime e culturalmente é visto como uma atitude moralmente responsável. Isso se reflete na alta taxa de suicídio no país, a maior entre os países desenvolvidos, que hoje é considerada um grande problema nacional.
Lugares como a floresta de Aokigahara ajudam a agravar o problema, pois já ficou conhecido como um lugar para a prática do suicídio, podendo assim, estimular mentes mais suscetíveis.

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