Jack, O Estripador

| quarta-feira, 27 de outubro de 2010 | 0 comentários |
Poucas figuras na história moderna conservam o fascínio do assassino de Whitechapel. E poucas evocam tão prontamente a atmosfera gótica dos estertores da Inglaterra Vitoriana e suas ruas enevoadas divididas entre carruagens e trens a vapor, becos escuros e ruas principais iluminadas artificialmente, aristocratas e miseráveis, ciência e superstição. Por que Jack ainda exerce sua macabra atração, mais de cem anos após seu último crime? Diversos são os motivos: ele é a encarnação do medo da noite e do escuro, e, longe de ser um ser imaginário, é um perigo real que pode surgir no próximo beco ou estar seguindo você na sua volta para casa, altas horas da noite. É inclemente, impiedoso, sanguinário, e saiu impune de todos os seus crimes.Jack é o primeiro serial killer do mundo moderno. Criminosos e assassinos existem no mundo desde Caim, mas Jack é o primeiro a aparecer numa sociedade que acredita piamente na ciência e na razão, mas que, em contrapartida, ainda desconfia nas soluções propostas pela mesma ciência, como podemos ver em "Frankenstein" e em "O Médico e o Monstro". O principal motivo do fascínio é que ninguém sabe quem era Jack, muitas suspeitas e nomes foram levantados, mas o caso jamais foi resolvido. O que ficou na história foram os fatos e a tentativa de explicar o sangue que lavou as ruas do East End londrino.Nas últimas décadas do século XIX, o Império Britânico começava a desmoronar, e a própria vida na cidade não era fácil para seus moradores, principalmente os de classes menos favorecidas. A miséria, a exploração e as epidemias eram constantes, mas, mesmo para pessoas acostumadas com a degradação, os crimes de Whitechapel eram devastadores. O primeiro deles ocorreu em 31 de agosto de 1888. Mary Ann Nichols foi encontrada com sua garganta cortada. Em 8 de setembro, Annie Chapman foi encontrada mutilada. Dois outros corpos, de Elizabeth Stride (Liz) e Catherine Eddowes foram encontrados em 30 de setembro. Eddowes estava quase irreconhecível. O último, e mais selvagem assassinato, foi o de Mary Jane Kelly, em 8 de novembro. Todas elas tinham em comum o fato de que eram prostitutas, e seus assassinatos foram reinvindicados por um homem que se auto intitulou Jack the Ripper, ou Jack, o Estripador. Os crimes tiveram imenso impacto sobre a cidade. Medo, silêncio e revolta eram a tônica da cidade. Para se medir o quanto isso afetou Londres, os crimes foram o único assunto que as revistas musicais e seus comediantes se recusaram a abordar. E quem era Jack? Muitas hipóteses foram levantadas: seria um louco, um sádico? Poderia ser um cirurgião, já que era evidente a destreza das mutilações; poderia ser um fanático religioso (alguns falam que as mortes fariam partes de rituais da maçonaria), ou um tipo de justiceiro com uma visão doentia de moralidade ou mesmo um misógino com problemas psiquiátricos? Uma hipótese levantada, e defendida por várias correntes seria a de que a polícia não teria o mínimo interesse em resolver o caso, pois Jack seria membro da família Real, e a revelação acarretaria uma séria crise no governo. Interessante notar que nenhuma das hipóteses é completa, mesmo porque a investigação policial ainda engatinhava naquele tempo (só para dar um quadro melhor, um assassino ou ladrão tinha que ser pego no ato, pois mesmo métodos como comparação de impressões digitais só seria desenvolvido anos depois). O herdeiro real a que se atribui a autoria dos crimes não teria conhecimentos anatômicos suficientes demonstrados pelo criminoso (ele tinha problemas de aprendizado, e nunca tivera formação completa). Dono de distúrbios de temperamento e com indefinição de preferências sexuais, tanto o príncipe herdeiro, Albert Victor, chamado Eddy pela família Real, quanto seu amante, por um tempo seu tutor, o nobre James Stephen , foram suspeitos de ser o Estripador, isoladamente ou em cumplicidade (alguns citam que Eddy matava, e seria o autor das cartas e da identidade de Jack). Em 1993 veio a público um diário de James Maybrick, um comerciante de algodão que dizia ser o Estripador. Outros já haviam dito o mesmo, como um anônimo médico do St. George Hospital. Muitos dizem que o assassino estaria mais ligado às vitimas do que se poderia pensar: poderia ter sido Joseph Barnett, companheiro de Mary Jane Kelly, que odiaria a vida que a mulher seguia, matando suas colegas para demovê-la da prostituição, e matando-a por seu plano não surtir efeito. Outro médico suspeito teria sido o americano Francis Tumblety, que visitava Londres frequentemente, odiava mulheres e tinha como hobby colecionar orgãos humanos como úteros de mulheres. Um açougueiro judeu, um médico russo louco e um cirurgião judeu famoso que nunca tiveram identidades confirmadas também foram citados como Jack o Estripador de Whitechapel. O que temos de concreto é que não sabemos a identidade do assassino Jack. Mais de cem anos não conseguiram esclarecer o mistério de Whitechapel. Ficou ele como um monstro dos tempos modernos, nos limites do que chamamos humanidade.

Lucian Staniak (20)

| | 0 comentários |



Conhecido como "A Aranha Vermelha", Lucian foi o serial killer que matou mais gente na Polônia. Seu reinado de terror começou em 1964. Um assassino pitoresco, deixava notas poéticas comentando seu comportamento. Matou sua 1ª vitima conhecida durante um feriado nacional, e deixou a seguinte nota:" Colhi uma suculenta flor em Ulsztyn e farei isso com mais alguém, porque não há feriado sem funeral." Nos próximos 3 anos, este delinqüente sexual matou e mutilou pelo menos 20 mulheres.

Foi descoberto quando matou uma colega membro do Clube dos Amantes da Arte. Suas pinturas, feitas principalmente em vermelho e sobre cenas de mutilação, fizeram a polícia suspeitar dele. Investigando seu passado recente (2 anos), a polícia percebeu que seus passos combinavam com os crimes. Depois de confessar, foi mandado para um hospício, onde ainda pintou muito.

Bela Kiss (24)

| | 0 comentários |



Serial killer húngaro, suas façanhas foram imortalizadas pelo poeta surrealista Antonin Artaud. Em 1912, depois de mudar-se com sua esposa para a vila de Czinkota, ela começou a ter um caso. Logo os amantes sumiram e Bela contou aos vizinhos que eles fugiram. Logo depois, adquiriu 55 barris de metal. Falou para a polícia local que iria estocar gasolina por causa da iminente guerra. Em 1914, foi recrutado pelo exército e mandado para o campo de batalha. Morreu na guerra. Quando soldados passaram pela cidade à procura de gasolina, alguém lembrou dos barris de Bela. Ao abrirem na certeza de encontrar gasolina, encontraram 24 corpos preservados em álcool. Aparentemente, Bela chamava a si próprio de Hoffman, colocava anúncios em jornais locais descrevendo a si mesmo como solitário viúvo procurando companhia feminina. Garroteava aquelas mulheres que respondiam ao anúncio, e as colocava nos barris. Os corpos de sua mulher e do amante também foram encontrados ali. Ao investigarem sua morte, constataram no hospital que ele havia trocado de identidade com algum soldado ferido gravemente, e escapara ileso da guerra. Nunca foi encontrado, apesar de falsos alarmes de que teria sido visto em Budapeste ou Nova Iorque.

Marcel Petiot (24+)

| | 0 comentários |



Na escola de medicina, já era considerado ladrão. Acredita-se que, depois de formado, matou três de seus pacientes na cidade de Villanueye, França. Forçado a mudar-se, foi para Paris, onde continuou sua carreira como vigarista e trapaceiro. Durante a WW2, Dr. Petiot viu uma oportunidade de ouro para fazer muito dinheiro. Comprou uma casa na Rua Lesueur e tornou-a a prova de som, uma perfeita armadilha. Matou mais de 63 pessoas, a maioria judeus, que tentavam, escapar dos nazistas.

O astuto médico falava para suas vítimas que era membro da Resistência Francesa e arrumava fugas seguras para a América do Sul, cobrando, é claro. Depois de receber o dinheiro, o doutor aplicava uma injeção letal em suas vítimas dizendo que se tratava de vacina contra doenças tropicais. Levava-as até um quarto à prova de som onde pedia que esperassem a resistência. Quando o veneno fazia efeito, o prazer de Petiot era observar sua morte através de "buracos de espiar" especialmente feitos com este fim. Terminada a cena, mutilava os corpos e os jogava num poço de cal.

Depois passou a incinerar os corpos. Em 1944, foi preso.

Foram encontrados 27 corpos mutilados no seu porão. Ele alegou que eram nazistas mortos pela Resistência, um puro francês fazendo seu dever, e foi liberado pela polícia. Livre, desapareceu. Só foi preso novamente meses depois, quando um jornal acusou-o de ser um simpatizante nazista. Foi então acusado de 24 mortes. Durante o julgamento, confessou 63 assassinatos de "inimigos da França".

Ninguém acreditou que ele era da Resistência, e foi condenado à morte. Foi guilhotinado em 26/5/1946. Também acredita-se que a conta de mortes ultrapassa 63, e que os corpos eram jogados no Rio Sena ou no parque Bois de Boulogne, onde foram encontrados vários corpos desmembrados em 1942.

Patrick W. Kearney (28+)

| | 0 comentários |
O mais importante serial killer de estradas da Califórnia. Meticuloso, limpo e organizado assassino, deixava suas vítimas desmembradas e lavadas em sacos de lixo ao longo das estradas da Califórnia. Kearney e seu amante, David D. Hill, eram ambos veteranos de guerra, viviam numa arrumadíssima casa em Redondo Beach, de onde iniciavam suas ações homicidas.

Os "assassinos do Saco de Lixo", como ficaram conhecidos, iniciaram suas atividades em 1975 e terminaram em 1977, quando o casal entrou no centro de informações do xerife em Riverside, viram seu próprio pôster de procurados e se entregaram.

Depois, foram soltos por falta de provas. Kearney carregou a culpa sozinho e confessou que matar excitava-o e lhe dava uma sensação de domínio.